terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A impressão de bem-estar

No primeiro capítulo de Provérbios, a Sabedoria convida todos a ouvirem as suas palavras. Mas, muitos recusam o convite e trazem sobre si as consequências desta loucura. Um dos motivos das pessoas rejeitarem as palavras sábias é o engano da prosperidade. Quando a pessoa está bem, a tendência é pensar que está tudo bem com a sua alma: “...aos loucos a sua impressão de bem-estar os leva à perdição” (Provérbios 1:32). Amós enfrentou este problema quando pregou ao povo de Israel durante o reinado de Jeroboão II, no 8º século a.C. Devido à sua grande prosperidade, o povo não conseguia imaginar que o castigo divino chegaria logo (Amós 6:3-7). Jesus enfrentou este problema quando viu a avareza na sua época aqui na Terra. Ele falou de um homem rico que disse para sua própria alma: “Tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te” (Lucas 12:19). Aquele louco morreu na mesma noite, despreparado para encontrar seu Criador e Juiz! Enfrentamos o mesmo problema hoje. Pessoas prósperas frequentemente recusam perceber a sua pobreza espiritual. Satisfeitas, temporariamente, com as coisas e os prazeres desta vida terrestre, não percebem a sua necessidade de Deus. O problema fica ainda maior quando religiosos, supostamente pregando a palavra de Deus, incentivam a avareza e enfatizam a busca da prosperidade. Oferecem o evangelho como meio de lucro, contradizendo o ensinamento de Jesus. Ele falou para investir no céu e não na terra (Mateus 6:19-21). Disse para trabalhar pela comida que subsiste para a vida eterna (João 6:27). Paulo condenou a avareza e disse que era necessário olhar para o céu e não para as coisas da terra (Colossenses 3:1-5). Mas os homens continuam sendo tranquilizados e enganados pela prosperidade e pelos falsos mestres “cujas mentes são pervertidas” e que são “privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro” (1 Timóteo 6:5). Não sejamos enganados pela impressão de bem-estar.
– por Dennis Allan

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