Seguir
pelo caminho de perdição não é conseqüência das decisões em praticar
boas ou más ações. Não são as escolhas entre o bem e o mal que coloca o
homem no caminho de perdição. Seguir pelo caminho de perdição não
depende do comportamento, da moral, da consciência, das virtudes, das
boas ações, da religião, da origem, da condição social, etc.
No Sermão
do Monte, Jesus anunciou à multidão haver duas portas e dois caminhos.
Uma das portas dá acesso a um caminho de perdição e a outra porta dá
acesso ao caminho de salvação ( Mt 7:13 ).
Cristo é a "porta estreita" e o "caminho" que conduz a vida. "Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens" ( Jo 10:9 ); "Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim" ( Jo 14:6 ).
A ordem de Jesus é clara: “Entrai pela porta estreita”
(V. 13), o que demanda uma decisão por parte do homem. O homem sem Deus
não está em uma posição cômoda, pois precisa decidir-se entrar pela
porta estreita. Não há outro caminho de salvação.
Só existem dois
caminhos e o convite de Jesus é para que o homem entre pela porta
estreita. Isto significa que o homem já se encontra no caminho largo que
conduz à perdição. Não há duas portas diante do homem, pois ao nascer
já entrou por uma delas: a porta larga. O homem sem Deus encontra-se em
um caminho que inexoravelmente o conduzirá à perdição. Ele precisa
decidir-se pela porta estreita, pois já trilha o caminho de perdição “Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado...” ( Jo 3:18 ).
É fato: só existem dois caminhos, e quem não entra por Cristo está no caminho de perdição, destituído de Deus.
A
humanidade sem Cristo percorre o caminho de perdição porque entrou pela
porta larga. Não há como o homem trilhar o caminho de perdição sem
antes entrar pela porta larga “Pois larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição” ( Mt 7:13 ).
Quando
foi que os homens escolheram entrar pela porta larga? Entrar pela porta
larga é resultado de uma escolha por parte dos descendentes de Adão?
Quem é a porta larga?
Quando Jesus anunciou a Nicodemos a
necessidade de nascer de novo, ele estava esclarecendo que, através do
nascimento natural (segundo a descendência de Adão), o homem passa a
percorrer o caminho de perdição. O nascimento segundo Adão é a porta
larga pelo qual todos os homens têm acesso ao caminho de perdição ( 1Co
15:45 ).
O novo nascimento dá acesso ao caminho estreito que é
Cristo, o último Adão. O nascimento natural é o modo pelo qual o homem
entra pela porta larga, que é Adão. O acesso à porta larga é através do
nascimento natural, assim como o novo nascimento é o acesso ao caminho
estreito.
Ora, se o nascimento natural é o acesso ao caminho
largo, conclui-se que os homens não tiveram como optar entre dois
caminhos. Ao nascerem, entraram pela porta larga que deu acesso ao
caminho de perdição. Uma vez que o homem gerado segundo Adão, ao nascer,
entra pela porta larga, seguir pelo caminho de perdição não é resultado
de uma escolha ou de uma decisão por parte dos filhos de Adão. Para
entrar pela porta larga, que é Adão, basta nascer.
Seguir pelo
caminho de perdição não é consequência das decisões em praticar boas ou
más ações. Não são as escolhas entre o bem e o mal que colocam o homem no
caminho de perdição. Seguir pelo caminho de perdição não depende do
comportamento, da moral, da consciência, das virtudes, das boas ações,
da religião, da origem, da condição social, etc.
A bíblia
demonstra que todos os descendentes de Adão estão destituídos da glória
de Deus por causa da desobediência no Éden. Ao pecar, Adão condenou toda
a humanidade a seguir um caminho de perdição.
Ao falar do seu nascimento, Davi aponta e reconhece nele a origem da sua condição de pecado: “Certamente em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu a minha mãe” ( Sl 51:5 ). Davi e Isaías tinham a consciência de que eram pecadores por causa do primeiro pai da humanidade "Teu primeiro pai pecou, e os teus intérpretes prevaricaram contra mim" ( Is 43:27 ).
O
apóstolo Paulo reitera através das Escrituras que todos os homens
pecaram; que não há um justo, nenhum se quer ( Rm 3:10 e 23). A condição
de pecado da humanidade é proveniente da ofensa de um só homem que
pecou: Adão ( Rm 5:15 ), e os seus descendentes são escravos do pecado.
Durante
a existência dos pecadores neste mundo é possível fazerem inúmeras
escolhas, porém, não são as escolhas diárias que os faz entrar ou
permanecer no caminho de perdição.
Ao "entrar" por Adão (nascer do
sangue, vontade do varão e vontade da carne), os homens passam a andar
por um caminho de perdição ( Jo 1:12 -13). É como se entrasse por uma
rodovia que segue para uma cidade. Ao escolher ir a pé, de charrete, de
cavalo, de bicicleta, de moto ou de carro não mudará o resultado final.
Independentemente do meio de transporte, ele está no caminho.
Não
importa se os homens nascidos de Adão busquem viver uma vida semelhante à
de Nicodemos (homem regrado, fariseu, juiz, mestre, judeu) ou uma vida
semelhante a da mulher Samaritana (mulher desregrada, comum do povo,
samaritana): todos que não nasceram de novo, ou que não tomaram da água
que faz saltar para a vida eterna, trilham o caminho de perdição.
As
escolhas entre as várias formas de viver neste mundo não determinarão e
nem influenciarão o caminho que o homem passou a trilhar após entrar por
Adão (porta larga). Filosofia de vida ou religiosidade pautada pela
moral e bons costumes não trará ao homem o reino dos céus.
Escolher entre fazer boas e más ações não mudará o caminho que o homem passou a trilhar após ser gerado segundo Adão.
- Entrar pela porta larga não é resultado de uma escolha por parte do homem;
- Tanto a boa ação quanto a má ação que o homem faz só aproveitará ou prejudicará ao próximo e a si mesmo ( Jó 35:8 ; Pv 17:13 );
- Escolher entre boas e más ações, entre justiças e injustiças não mudará o caminho pelo qual o homem entrou ao nascer de Adão ( Jó 35:6 -7);
Ora,
se o melhor dos homens é como um espinho, e o mais reto é como uma sebe
de espinhos, conclui-se que ambos: o melhor e o mais reto dos homens
trilham o mesmo caminho, o caminho de perdição. Que se dirá do pior dos
homens? "O melhor deles é como um espinho; o mais
reto é pior do que a sebe de espinhos; veio o dia dos teus vigias, veio
o dia da tua punição; agora será a sua confusão" ( Mq 7:4 ).
É
por isso que Isaías nomeia as boas ações dos homens como sendo teias de
aranha, trapos de imundície ( Is 59:6 ). Por mais que se esforcem para
praticar boas ações, os seus pés trilham o caminho de perdição. Os pés
daqueles que não trilham o caminho conhecido por Deus correm para o mal (
Sl 1:6 ), embora desejem e executem boas ações. Não conhecem o caminho
de paz. As suas veredas são tortuosas ( Is 59:8 ).
Todas as
religiões foram e são concebidas pelos homens e todas elas concentram-se
em melhorar as ações de seus seguidores. Todas apregoam que é
necessário ao homem fazer boas escolhas, fazer o bem aos seus
semelhantes, porém, tais "obras" não podem salvar. Diante do Grande
Trono Branco as suas obras não lhes aproveitarão "Eu publicarei a tua justiça, e as tuas obras, que não te aproveitarão" ( Is 57:12 ).
Algumas
religiões apregoam o ascetismo pessoal, outras impõem restrições de
dias, outras restringem alimentos, outras restringem certos prazeres,
outras impõem o moralismo, o legalismo, o formalismo, etc., porém,
nenhuma delas pode fazer o homem trilhar o caminho de salvação.
Até
mesmo vários segmentos evangélicos aderiram ao pensamento de que boas
ações podem aproximar o homem de Deus. Observe o que escreveu o Dr.
Paul Earnhart: “Não somos espirituais nem carnais
por natureza, mas somos capazes das duas coisas, e, como seres humanos,
temos de escolher entre esses dois caminhos e nos responsabilizar por
nossa escolha” Paul Earnhart, As Obras da Carne - O Inimigo Interior (artigo postado na internet).
O
evangelho de Cristo demonstra que, quem não nascer de novo, ou seja,
quem não entrar pela porta estreita, jamais verá a Deus. Não é uma
escolha entre dois caminhos, antes é decisão, a de entrar pela porta
estreita. Para quem trilha o caminho de morte não há opções, só uma
decisão: a de entrar pela porta que é Cristo, nascendo de novo.
Por
natureza todos os homens gerados segundo Adão são carnais, pois o que é
nascido da carne é carnal. Do mesmo modo, todos os que são gerados de Deus
(Espírito) são filhos de Deus (espirituais). De onde surgiu o conceito
de que o homem não é carnal e nem espiritual? É possível um meio termo? “O que é nascido da carne é carne, mas o que é nascido do Espírito é espírito” ( Jo 3:6 ).
Para
ser espiritual já não é necessário nascer do Espírito? A capacidade de
ser espiritual ou carnal é determinada pelas escolhas dos homens? Não é
Deus quem cria os homens espirituais? Fazer "boas ações" transforma o
homem carnal em espiritual?
Não aprendemos assim de Cristo, visto que, mesmo sabendo fazer boas ações, todos os que não são nascidos de Deus são maus: "Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos..."
( Lc 11:13 ). Ora, não são as boas ou as más ações que tornam o homem "bom" ou "mau" diante de Deus, antes só é aceito diante de Deus aquele
que é gerado de Deus, ou seja, a quem é concedido o Espírito Santo.
Em
que posição encontra-se o homem que lhe é possível escolher entre dois
caminhos? O homem sem Deus trilha o caminho de perdição ou está em um
‘limbo’? Como escolher entre dois caminhos se o homem se encontra no
caminho de perdição?
Desvios doutrinários surgem quando não se
considera que a condenação é proveniente da ofensa de Adão. Um dos
livros do Dr. Shedd afirma que o pecado é resultado de um processo de
aprendizado: “É assim que aprendemos a pecar:
linguagem obscena, comentários desnecessários prejudiciais, usar o nome
de Deus em vão tornam-se hábitos pela prática dentro de um ambiente
onde ninguém cria objeção alguma” Sheed, Russell P., Lei, Graça e Santificação, 2ª Ed., editora Vida Nova, pág. 99.
O
homem nasce pecador ou aprende a pecar durante a sua existência? Um
ambiente regrado (por objeções impostas por homens) fará com que o homem
deixe o "hábito" de ser pecador? A falta de "objeções" na vida
cotidiana leva o homem a ser pecador? O pecado é um hábito? Um homem sem
Cristo com boa conduta diante da sociedade está livre do pecado?
Por
causa da ofensa de Adão, o juízo de Deus foi estabelecido sobre todos os
homens para condenação. Ninguém aprende pecar, visto que em pecado e em
iniquidade o homem é concebido.
É certo que no futuro Deus trará
todos os homens a juízo por causa de suas obras feitas por meio do
corpo, e nisto não há acepção de pessoas. Os salvos serão julgados com
relação às suas obras no tribunal de Cristo, e por isso devem viver de
modo que não deem escândalo a judeus, nem a gregos e nem à igreja de Deus.
Os perdidos também serão julgados com relação as suas obras, só que no
Tribunal do Trono Branco e suas boas ações não lhes aproveitarão, pois
não foram feitas em Deus. Eles seguirão para a perdição.
É preciso
saber divisar bem o propósito do evangelho e as questões relativas ao
comportamento dos cristãos. O evangelho de Cristo é o poder de Deus para
salvação de todo aquele que crê, ou seja, entrar pela porta estreita,
nascer de novo, beber da água que faz jorrar uma fonte para a vida
eterna.
Após estar em Cristo (no caminho de salvação) é necessário ter o mesmo pensamento do escritor aos Hebreus: "Orai por nós, porque confiamos que temos boa consciência, como aqueles que em tudo querem portar-se honestamente" ( Hb 13:18 ).
A
vontade dos cristãos deve ser o de portar-se de modo honesto em tudo.
Ter boa consciência, esforçando-se para ser agradável aos homens em tudo, é
louvável diante de Deus ( 1Co 10:32 -33).
Fonte: http://www.estudobiblico.org/artigos/quando-o-homem-escolhe-entrar-pela-porta-larga
Fonte: http://www.estudobiblico.org/artigos/quando-o-homem-escolhe-entrar-pela-porta-larga
infelizmente,ou felizmente,tenho tomado ciência de algo que nunca tinha pensado na vida.
ResponderExcluirMe preocupo muito com a minha vida aqui na terra,cuido muito bem dos meus filhos,sou capaz de qualquer coisa por eles,mas me dei conta de que tenho cuidado só da parte terrena,nunca parei pra pensar na parte espiritual,tenho lido tudo o que vc tem postado e cheguei a uma triste conclusão,
minha carne esta obesa e meu espirito muito desnutrido,me preocupo tanto em não faltar nada a minha familia q tenho me dado conta q espiritualmente não tenho feito nada alêm de orar como acho q toda mãe faz.
Sempre tive uma visão diferente de Deus,eu sempre achei q Deus não gostasse das mulheres,pq sempre ouvi meu Pai falar q a mulher não pode ter a palavra e tem q ser submissa ao marido,sempre me rebelei contra isso,mas estou aprendendo q as coisas não são assim,pra falar de Deus é necessário discernimento,é preciso ter Deus no coração,falar até papagaio fala (como meu pai fazia)mas só nos deixava com medo.